Pra começar a pensar em falar de graffiti, acho importante citar dois nomes precursores do graffiti mundial, responsáveis por ajudar a infectar o mundo com o vírus “street art” e a leva-lo pra dentro de grandes galerias de arte, isso tudo em nova iorque dos anos 70/80. Como indica a imagem a baixo: Basquiat e Keith Haring.
Keith Haring não é originário de Nova Iorque, mas foi quando se mudou pra lá, após estudar design gráfico, que tomou gosto pelos graffitis que encontrou na cidade e começou a ter maior interesse pela arte. Se matriculou na School of Visual Arts e começou a ganhar notoriedade quando passou a desenhar com giz nos metrôs novaiorquinos. Ativista, Haring era homossexual assumido, e isso influenciava bastante seus trabalhos que passaram a ganhar o mundo participando de exposições individuais e coletivas, bienais e pintando murais em todo o mundo. Além disso, o artista, amigo pessoal de Grace Jones, participou do seu clipe pra musica “I’m Not Perfect”.
Anos mais tarde, Keith disse em entrevista à revista Rolling Stone que era portador do vírus HIV e em seguida fundou a Keith Haring Foundation, para dar apoio a crianças portadoras do vírus. Haring morreu por complicações de saúde provenientes do HIV.
Jean-Michel Basquiat teve uma infância difícil com a separação dos pais, fugiu de casa e morou na rua por algum tempo. Nesse momento Basquiat conheceu diversas pessoas que o influenciaram artisticamente, o que o levou a sobreviver da venda de seus desenhos (com tecnicas que ele aprendeu na maioria das vezes sozinho) em camisetas e cartões postais. Apos conhecer o graffiteiro Al Diaz, Basquiat passou encher os muros de Manhattan com graffitis escrevendo frases e assinando “SAMO” (abreviação de Same Old Shit) como sua tag.
Com 18 anos Basquiat conheceu o mundo das drogas, e chegou a ser um dos principais artistas jovens da época. Além começar a fazer um incrível sucesso com suas pinturas de protesto, ele chegou a formar uma banda chamada Gray, que chegou a tocar no CBGB, teve participações em filme e video-clipe como “Rapture” da banda Blondie. Jean-Michel também namorou Madonna, que ainda era desconhecida na época. Logo depois veio a amizade com Andy Warhol, lhes rendendo pinturas e exposições juntos (por diversas vezes Warhol tentou afastar Basquiat das drogas, sem sucesso).
Basquiat despontou sua carreira meteorica, participou de inumeras exposições coletivas, outras numerosas individuais, chegou até a vender quadros inacabados tamanho sucesso. O artista morreu de overdose, em seu ateliê, mas até hoje é lembrado e imortalizados por suas obras.